A equipe do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se reúne na semana que vem com representantes da concessionária Eco101, responsável pela gestão da BR-101, para ter acesso a todos os dados e números envolvendo o contrato firmado entre a empresa e o Estado.
A informação foi repassada pelo ex-senador e atual vice-governador eleito, Ricardo Ferraço (PSDB), durante participação no 10º Encontro Folha Business, realizado nesta quinta-feira (08), em Vitória.
Em julho deste ano, a Eco101 anunciou desistência da concessão. Por isso, o encontro entre a área técnica do governo e a concessionária foi apontado pelo senador como mais um passo dado em busca da solução para o impasse causado pela decisão da empresa em deixar de administrar a via.
“O governador Casagrande já endereçou uma equipe técnica que está trabalhando. Assinamos, recentemente, um acordo de confidencialidade. Deveremos ter, nos próximos dias, na próxima semana, uma reunião com a concessionária. Por esse acordo, vamos ter acesso a todos os números e dados ativos, passivos, para conhecer o tamanho do nosso desafio”, disse.
O vice-governador eleito ainda ressaltou a importância da atuação do governo em busca de alternativas visando a uma solução, o mais rápido possível, para a quebra do contrato celebrado com a Eco.
“Se nós não participarmos da solução desse problema, vamos ter que esperar cinco, seis, sete, não sei quantos anos, para que possa haver retomada dessa que é uma obra de infraestrutura fundamental para a segurança e o conforto das pessoas, dos trabalhadores que se servem dessa rodovia”, frisou.
Assim como Ferraço, o governador reeleito pelo Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) também participou do 10º Encontro Folha Business. O mandatário veio trazer sua experiência em situação parecida com a que o Estado vive hoje com a Eco101.
Em dezembro do ano passado, a concessionária Rota Oeste (CRO) entrou com o pedido de devolução amigável da BR-163/MT, e uma eventual relicitação levaria, em média, de 2 a 3 anos para ser concluída e de 4 a 5 para início dos investimentos, segundo informações publicadas no site do governo de Mato Grosso.